Serviços de Urgência
Médica em Sergipe – 1930.
“O serviço de Assistência Pública nesta
Capital está anexo a Enfermaria da Força Pública, de maneira que o médico encarregado
da Assistência trabalha sob a imediata dependência do médico chefe da
Enfermaria. Este substitui aquele na prestação de socorros que são exigidos com
urgência. Igualmente a Enfermaria se utiliza dos serviços do médico encarregado
da Assistência todas as vezes que este auxílio se torna preciso. Os demais
funcionários servem também na Assistência e na Enfermaria.”
“Eis como o serviço de Pronto
Socorro vai sendo desempenhado: no ano que se trata, a Assistência transportou
e socorreu 452 indivíduos, não se limitando a isso o trabalho, porque os
enfermos, na falta de Hospital de Pronto Socorro, permanecem em tratamento na
Enfermaria da Força o tempo necessário, e depois são conduzidos para os hospitais
Santa Isabel e Cirurgia, ou para as respectivas residências.”
“A Assistência dispõe de uma
ambulância automóvel, em tempo adaptada, e que, com os reparos que sofreu o ano
passado, se vai prestando bem aos fins a que se destina. A direção do serviço
procura sempre poupá-la, ordenando que, para as ruas mal calçadas, ou sem calçamento,
se utilize a ambulância de tração animal. Igualmente se proíbe que nela se transporte
loucos ou pessoas portadoras de moléstias contagiosas. Existe outro carro de
tração animal, para o enterramento de indigentes, serviço também a cargo da
Assistência. O número desses enterramentos foi de 107. Precisam ser melhorados
os serviços de transporte de que dispõe a Assistência.”
“A Farmácia da Enfermaria da
Força fornece todo o material para os curativos e tratamentos feitos pela
Assistência, sendo os maiores gastos os relativos ao algodão, gazes, ataduras,
esparadrapos, soluções anti-sépticas, álcool, água oxigenada, ampolas de
urgência. Com a autoclave da sala de cirurgia, para esterilização, que vem
sendo instalado na Enfermaria, será muito reduzida à despesa com algodão,
gazes, ataduras e esparadrapos.”
Fonte: Transcrito do Relatório do Presidente do Estado, Manoel Dantas,
em setembro de 1930.