terça-feira, 7 de maio de 2024

MEMÓRIA CULTURAL DA VILLA DE SANTO ANTONIO E ALMAS (PINTORES E ESCULTORES)


 

Memória Cultural da Villa de Santo Antonio e Almas. (Pintores e Escultores).
(por Antonio Samarone)

O competente Mário Brito, curador, galerista e colecionador das artes plásticas em Sergipe, me fez um desafio: “Itabaiana é grande na economia, na música, no futebol, entretanto, nas artes plásticas, só possui dois nomes conhecidos no estado: Melcíades e Zeus.”

Eu discordo, mas preciso provar. Lancei um desafio a Mário Brito: vamos organizar uma exposição em Itabaiana, com artistas locais, sob a sua orientação! Ele topou! Ontem, ocorreu a primeira reunião. A exposição foi marcada entre 03 e 16 de junho, no Shopping Peixoto, na semana da grande festa dos caminhoneiros.

Como será denominada a exposição, Mário indagou? A resposta foi consensual: Itabaiana, a cidade dos milagres.

Por que cidade dos milagres? Claro, faz referência ao milagre que santificou Santa Dulce. Ocorreu na Maternidade São José, em Itabaiana.

Mas não é só isso. Os milagres vem de longe.

Santo Antônio, o padroeiro de Itabaiana, ficou afamado como poderoso taumaturgo, constando oficialmente de sua hagiografia a realização de mais de 50 milagres.

A carreira taumatúrgica que a hagiografia atribuiu a Santo Antônio certamente pesou na sua eleição como santo doméstico e cotidiano no mundo moderno.

Quando Santo Antônio chegou a Itabaiana (1603), já tinha mais 400 anos de Santo. Sentiu-se à vontade. Ele nasceu em Lisboa, em casa situada perto da catedral, hoje santuário, em 15 de agosto de 1.195. Filho de família fidalga.

Santo Antonio não quis ficar na Capela do Valle do Jacarecica (igreja velha). Mesmo sem água, fugia para o Tabuleiro de Ayres da Rocha.

Após idas e vindas, aí se estabeleceu em 1665, como comprova os documentos da Diocese da Bahia, que instituiu a Freguesia de Santo Antonio e Almas de Itabaiana, a segunda de Sergipe.

No Próximo ano (2025), será a comemoração dos 350 anos. Itabaiana vem de longe.

A religiosidade e a fé nos milagres é um arquétipo constituinte da Cultura Itabaianense.

A exposição de Itabaiana, com a curadoria de Mário Brito, vai iluminar o estado com talentos e criatividades.

Antonio Samarone (médico sanitarista)

domingo, 5 de maio de 2024

MEMÓRIA CULTURAL DA VILLA DE SANTO ANTONIO E ALMAS (CALABAR).


 Memória Cultural da Villa de Santo Antonio e Almas (Calabar)
(por Antonio Samarone)

Em 1628 e 1629, partiram da Bahia duas expedições à Serra de Itabaiana afim, de encontrar as minas de prata, sendo a última comandada por Domingos Fernandes Calabar.

Domingos Fernandes Calabar, brasileiro, que aderiu aos holandeses quando da ocupação da Capitania de Pernambuco, contribuindo para as vitórias iniciais dos invasores. Prisioneiro dos portugueses em Porto Calvo, em 1635, foi julgado e morto como traidor.

Calabar era um mameluco brasileiro, filho de um fidalgo português e uma índia caetés. Optou por ficar do lado dos holandeses. Não confiava nos portugueses.

Esse gênio militar brasileiro, que resolveu apoiar os holandeses, foi executado aos 26 anos.

Das muitas tentativas de encontrar as minas de prata na serra, algumas vieram do lado dos holandeses, durante a invasão do território sergipano, entre 1637 à 1645.

Documentos afirmam que três vezes foram mandados homens até a serra, cavando inúmeros sítios mais não encontrando nem prata, nem algo de valor.

O comandante português, Matias de Albuquerque, fugindo para a Bahia, passou por Porto Calvo, onde vivia Calabar. Sem Julgamento, mandou executá-lo por estrangulamento pelo garrote vil, e esquartejá-lo em praça pública. Com a chegada dos holandeses, Calabar recebeu um sepultamento cristão.

Os três filhos de Calabar passaram a receber da Coroa holandesa 8 florins cada, o soldo de um soldado. Calabar era brasileiro, ao apoiar a Holanda, não traiu ninguém. Chico Buarque acertou, em sua versão na peça: “Calabar: elogio a traição”.

Domingos Fernandes Calabar (1609 – 1635), nasceu em Porto Calvo, Alagoas. Fez parte de uma expedição holandesa em busca das encantadas minas de prata de Itabaiana.

Calabar não encontrou a Minas de Prata descobertas por Melchior Dias Moreia, dos primeyros naturaes da Bahia, primo de Gabriel Soares de Souza, homem abastado de terras e de bens".

Era este Melchior Dias, filho de Vicente Dias, português e fidalgo, criado do infante D. Luiz, o qual, ao vir tentar fortuna no Brasil, se casara com a mameluca Genebra Álvares, filha de Caramuru. Era conhecido pelo povo, como Melchior Dias Caramuru.

Espero que os competentes historiadores nativos, esmiúcem essa passagem de Calabar por Itabaiana.

Antonio Samarone – médico sanitarista.

sábado, 4 de maio de 2024

MEMÓRIA CULTURAL DA VILLA DE SANTO ANTONIO E ALMAS.


 Memória Cultural da Villa de Santo Antonio e Almas.
(por Antonio Samarone)

Os Matapoam (Itabaiana) eram Tupis, expulsos do litoral ou uma sub tribo dos Tapuias (Cariris)? Não sei! Foi nessa terra, que João José de Oliveira (1829 – 1899) veio morar, quando chegou de Portugal, em 1849, para exercer o nobre ofício de ferreiro.

João José sabia ler e escrever, casou-se com Maria Pastora do Sacramento (a mameluca Nananhana), de uma aldeia de Itaporanga.

Tiveram 12 filhos, conhecidos como os “ferreiros” de Itabaiana. Juntos aos fogueteiros, sapateiros, pedreiros, padeiros, marceneiros e alfaiates, compunham as profissões dominantes. Uma terra de camponeses e artesões.

Ouvi falar dos filhos de João José: Bernardino (meu bisavô); Tertuliano; Antonio Joaquim; Josefa Maria (Nanã), mãe de Felismino Fogueteiro; José Francisco; Francisco Antonio (acho que avô de Átalo); Quirino José; Benvindo Francisco; Marianda; Felismino (Nonô), pai de João Marcelo; José Oliveira e Joana Maria.

Em 1926, o meu bisavô, Bernardinho, foi atropelado em cima de um burro, por um trem desgovernado, no povoado Caititu, numa segunda-feira, quando ia comprar ferro em Maruim. Uma morte trágica.

A instituição social que possibilitou a formação do povo brasileiro foi o cunhadismo, velho uso indígena de incorporar estranhos à sua comunidade. Consistia em lhes dar uma moça índia como esposa. Assim que ele a assumisse, estabelecia, automaticamente, mil laços que o aparentavam com todos os membros do grupo.

Por parte de pai, descendo de Ascendino José de Santana, filho de Genoveva, natural da Galícia, e de Josina Francisca Teles, negra, filha de escravizada.

Portanto, declaro-me mestiço de quatro costado.

Descendo de trabalhadores rurais sem-terra, trabalhadores avulsos (pataqueiros), arrendatários, que beiravam a produção agrícola e viviam na mais profunda pobreza. A parte fidalga dessa gente, eram os ferreiros.

Hoje a realidade econômica de Itabaiana é outra, com uma presença marcante da classe média.

A classe média aracajuana é formada, sobretudo, por agentes sociais que se valem dos conhecimentos científicos, filosóficos, artísticos e religiosos como forma de existência.

São professores, funcionários públicos, médicos, advogados, engenheiros, entre outras profissões ditas liberais. Todo o judiciário e o estamento militar. A renda é desigual, mas a pose é a mesma.

Em Itabaiana, a classe média é formada por pequenos burgueses, camponeses em ascensão a uma burguesia mercantil, com renda suficiente para um consumo de luxo e novos investimentos. Uma parcela dos ricos, que ainda não pertence a grande burguesia nacional, dominada pelo capital financeiro. Esse capital, procura formas sustentáveis de investimento.

A classe média de Itabaiana é diferente. Claro, composta também por togados e barnabés, mas em minoria. Majoritariamente, ela é empresarial.

O espirito empreendedor do Itabaianense é anterior a hegemonia Neoliberal. Lá, o empreendedorismo é bem mais que uma ideologia, é um modo de vida. Já se nasce querendo ganhar dinheiro. Cada um é dono do saco de castanha que revende. Talvez seja o segredo do seu desenvolvimento.

Antonio Samarone – médico sanitarista.

sábado, 27 de abril de 2024

OS GATOS E AS FESTAS JUNINAS.


 Os Gatos e as Festas Juninas.
(por Antonio Samarone)

Nas festas juninas do Beco Novo, uma das brincadeiras populares eram os quebras potes. Pendurava-se um pote cheio de gatos num poste, e as pessoas, de olhos vendados, procuravam quebrá-lo. Quando conseguiam, os gatos saiam em disparada, terrivelmente assustados.

Onde nasceu essa brutalidade com os gatos? Em Paris, do século XVI, um dos prazeres das festas junina, era pendurar um saco de gatos numa fogueira. Quando a corda queimava, os gatos eram torrados vivos na pira ardente. A multidão comemorava aos urros.

Eu sei, era bem pior. Se queimavam também as bruxas e os hereges.

Hoje, se coloca guloseimas nos potes, em lugar dos gatos. Em pouco tempo, os gatos ganharam cidadania, direitos e regalias. O quebra pote deixou de interessar.

Uma antiga brincadeira de rodas, onde se cantava que se tinha atirado o pau no gato. Foi condenada. Também não se brinca mais de rodas.

Os humanos sempre foram cruéis. O humanismo é um pretensioso equívoco. Gosto desse poema de Antonio Risério.

“O humano é um engano do humano/ divide o humano, em humano e desumano/ humana é a sala de tortura, a napalme, a navalha, a metralha no gueto, a pele esfolada no porão/, humana, humaníssima a escravidão/ bobagem, nenhum capitalismo é selvagem/ O homem é o homem do homem, todos juntos a uma só voz/ Não consta que roseiras e gaivotas ajam assim.”

A verdade é que não se fazem mais churrasquinhos de gatos, nem se usa o seu couro nos pandeiros. As emoções foram domadas ou sublimadas?

Antonio Samarone (médico sanitarista)

sexta-feira, 26 de abril de 2024

OS MODOS DE SEU NEZINHO.

Os modos de Seu Nezinho.
(por Antonio Samarone)

Não se conhecia garfo no Beco Novo. As comidas sólidas comiam-se com as mãos, e as líquidas, com colheres. As sopas, virava-se geralmente o prato, fazendo-se aquele barulho dos cacarejos.

Os garfos são recentes, do final da Idade Média.

O apelido de “ceboleiro”, não se deve a produção de cebolas. Os feirantes de Itabaiana, na feira de Laranjeiras, na hora do almoço, abriam as mochilas e, com as mãos, faziam bolos de feijão.

Molhavam-se esses bolos no molho de vinagre, cebola, coentro e pimenta. Era um espanto: os feirantes de Itabaiana comiam cebolas, na hora do almoço. São ceboleiros!

No Beco Novo, comia-se com as mãos desde cedo. As mães alimentavam os recém-nascidos, com papas de farinha pó, usando os dedos indicador e médio. Ia-se comendo-se pelas beiras, para a comida esfriar.

Havia uma exceção: Seu Nezinho! Contínuo do Banco do Brasil.

Nezinho estudou Frances, por correspondência. Ele ganhou, do gerente do BB, um clássico de boas maneiras: “De civilitate morum puerilium”, um livro de Erasmo de Roterdã, de 1530. Seu Nezinho, além de bons modos, gostava de música clássica. Possuía a única radiola da rua.

Nezinho era baixo, mestiço, discreto, relógio de pulso e sapato e meia. Bem-casado e pai de filha única. (esqueci o nome da esposa). Para os padrões, uma aristocrata.

Aos domingos, a partir das 9 horas, o Beco Novo era invadido com a boa música. Até a hora do almoço. Galinha de capoeira, arroz amigo, doce de leite, e durante a tarde, uma rede no alpendre e o programa de Sílvio Santos.

Seu Nezinho comia de garfo e faca. Era motivo da curiosidade pública. Se dizia, que em sua casa se assoava o nariz com lenços de cambraia de linho e se limpava a boca com guardanapos de algodão egípcio. Muitos achavam gabolice. Eu mesmo, nunca vi.

No Beco Novo, se assoava o nariz com os dedos. O polegar e o indicador, em forma de pinça.

Na casa de Seu Nezinho, o contínuo, existia uma extravagância na sala de visita: uma escarradeira de porcelana, pintada com flores silvestre e leões esculpidos.

Naquele tempo se cuspia muito. Não sei o que houve, hoje, só jogador de futebol continua cuspindo, durante as partidas. Ninguém cospe mais. Cuspir saiu da moda.

Lá não se cuspia no chão, muito menos nas paredes. A escarradeira era o anteparo. Seu Nezinho era um fidalgo, um homem refinado, cheio de cortesias (courtoisie).

No Beco Novo, ser contínuo do Banco do Brasil, era um privilégio quase divino.

Antonio Samarone – médico sanitarista.
 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

NISE DA SILVEIRA.

Nise da Silveira.
(por Antonio Samarone)

Quando a psiquiatria submetia o doente mental a violência do choque elétrico, dos choques de cardiozol, insulínico e a mutilação da lobotomia. Em 1946, Nise da Silveira, se refugiou no departamento de terapia ocupacional do Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro.

Nise tornou-se seguidora de Jung. Estudou em seu Instituto, em Zurique.

Nise da Silveira discordava da ciência psiquiátrica, que considerava o esquizofrênico destituído de afetividades. Nise foi presa em 1936, acusada de comunista. Solta em 1937, viveu clandestinamente no Nordeste, por sete anos.

Uma parte desse tempo, Nise viveu em Aracaju, quando o seu cunhado, Claudio Magalhães da Silveira (1938/40), foi o Diretor da Saúde Pública, no Governo do médico Eronildes Carvalho.

Como uma comunista veio se esconder em Sergipe, governado por um conservador? Eronides de Carvalho serviu ao exército no Rio Grande do Norte, onde conheceu Mário Magalhães da Silveira, irmão do Claudio, nomeado Diretor da Saúde Pública, em Sergipe.

Mario Magalhães da Silveira, o marido de Nise da Silveira, tornou-se um sanitarista famoso, criador do chamado “Sanitarismo Desenvolvimentista”. Mário foi o Secretário Geral da III Conferência Nacional de Saúde, em 1963. Os Magalhães da Silveira eram gente importante nas Alagoas.

São as contradições sergipanas. Eronides de Carvalho não só protegeu Lampião e o cangaço, escondeu também comunistas, durante o Estado Novo.

Nise conta uma história deliciosa: José Clemente Pereira, Ministro de Pedro II, presenteou o Hospício da Praia Vermelha, com 4 instrumentos musicais – uma rabeca, uma flauta, um clarinete e uma requinta – dizendo: “Para os doentes a fim de se distraírem ou talvez se curem.”

Quando presa na penitenciária da Frei Caneca, acusada de ter participado da Intentona de 1935, Nise conta outra história: Os comunistas ficavam misturados com os presos comuns. Nestor, preso por roubo, era quem servia cafezinho, numa bandeja. Quando abria o açucareiro, as formigas se espalhavam na bandeja. “Eu as afastei com as mãos e algumas morreram. Aí eu senti um olhar poderoso em cima de mim, era o olhar de Nestor. Ele me repreendeu: Elas são viventes como nós. Apreendi a lição: nunca mato bicho nenhum.”

Nise da Silveira foi uma benemérita da humanidade. Entrou na Faculdade de Medicina da Bahia, aos 15 anos, numa turma com 150 homens. Formou-se em 1926. Aconselho aos novos psiquiatras, da Era das drogas neurolépticas, a leitura do livro de Nise, “As Imagens do Inconsciente (1981).”

“A loucura é a pior forma de escravidão humana”. Nise ouviu de Spinoza, em sonho.

Antonio Samarone – médico sanitarista.
 

quarta-feira, 24 de abril de 2024

GENTE SERGIPANA - WILSON ALMEIDA SANTANA


 Gente Sergipana – Wilson Almeida Santana.
(por Antonio Samarone)

A história dos caminhoneiros em Itabaiana teve um destaque: Wilson da Transportadora Sergipana. Foi quem chegou mais longe. A sua transportadora cobria o Brasil. Chegou a 18 filiais e mais de cem caminhões.

Wilson Almeida nasceu no Gandu, em 25 de junho de 1932, filho de Ulisses Vicente Santana e Ubalda Almeida Santana, camponeses empobrecidos. Parentes do famoso Clodoaldo, o da Copa de 1970.

No início da década de 1950, com apenas 18 anos, Wilson começou a levar farinha de mandioca para Salvador, fretando caminhões. Foi uma revolução na economia rural. Quem produzia farinha para o consumo local e abastecer Aracaju, passou a fornecer para Salvador. Mudou a escala.

Antes, a farinha era transportada em lombos de burros. O caminhão permitiu ampliar o mercado para a famosa farinha de Itabaiana. O dinheiro passou a circular na Zona Rural. A farinha pó do Rio das Pedras, fazia o papel da “maizena – amido de milho”. A qualidade de vida foi melhorando.

A iniciativa de Wilson o empurrou para o ramo de caminhões.

O caminhão chegou cedo a Itabaiana, em 1928, com Esperidião Noronha. O crescimento foi lento, em 1945, existiam 18 veículos. Em 1952, com a chegada da BR – 235, mudou a realidade. A frota cresceu. O caminhão se transformou em um polo de desenvolvimento.

O caminhão trouxe as concessionárias, as oficinas, as fábricas de carrocerias e emprego para muita gente. O espirito competitivo dos Itabaianenses, de entregar as cargas na data combinada, foi um diferencial. Muitos, pagaram com a vida.

Em 1970, Itabaiana já possuía 373 caminhões.

Wilson Almeida foi casado com Maria Renildes Pimentel, filha de Zeca Titia, comerciante estabelecido no ramo de sapatarias. Seu Zeca foi quem levou a sandália de borracha (japonesa) para Itabaiana. Antes, era tamanco ou pés descalços.

Wilson e Renildes (foto), tiveram três filhos: Wilsinho, Ulisses e Wilma (falecida em acidente, na estrade de Maceió).

Wilson, com a esposa, faleceram precocemente de acidente de trânsito, próximo a Teófilo Otoni, em 28 de julho de 1983, aos 51 anos. Está sepultado no Cemitério de Santo Antonio e Almas.

Wilson da Sergipana, foi um homem generoso. Ficou rico ajudando a muita gente.

Antonio Samarone – médico sanitarista.