segunda-feira, 12 de junho de 2017

Se non è vero, è ben trovato

Se non é vero, é ben trovato...

Ouvi dizer que, pelos idos de 1993, um fato inusitado ocorreu em Itabaiana. O maior intelectual da cidade, escritor consagrado, magistrado federal em segundo grau, preparava-se para mais uma festa de lançamento do seu último livro. Convites distribuídos, coquetel preparado, salão de festa da Atlética decorado, a solenidade estava marcada para as 19 horas em ponto. Era mais um reconhecimento da cidade a seu filho ilustre. Todos aguardavam ansiosos o grande momento.

O Prefeito da cidade, comerciante bem-sucedido, homem de muitas posses, passou no local do evento meia hora antes e perguntou a mocinha que tomava conta: - quanto custa cada livro? A menina respondeu: - trinta reais. Quanto livros ainda tem, indagou o chefe político? A menina respondeu: - cinco pacotes de cinquenta livros. O Prefeito rapidamente fez a conta, duzentos e cinquenta vezes trinta, sete mil e quinhentos reais. No afã de agradar ao magistrado escritor, retirou o maço de dinheiro, tudo nota de cem, e disse-lhe: - esses são meus. E ordenou ao ajudante, Trovoada, pegue ali os pacotes e jogue no fundo da caminhoneta.


Resultado, quando o escritor chegou para começar a noite de autógrafos, a edição do livro tinha esgotado. Os convidados voltaram para as casas de mãos abanando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário