sexta-feira, 9 de junho de 2017

ARACAJU INTELIGENTE



Aracaju Inteligente.

A história do planejamento urbano em Aracaju nasceu e morreu na prancheta de Sebastião José Basílio Pirro (1856). A cidade cresceu aterrando os baixios e embelezando os aterros. A partir da década de 1970, o capital (especulação imobiliária) assumiu o comando. Nem o planejamento pautado no crescimento econômico foi possível. O poder público limitou-se em urbanizar áreas ocupadas ilegalmente. As discussões sobre cidades saudáveis, cidades sustentáveis, e outros modas, passaram distante de Aracaju. 

A legislação sobre a ocupação urbana em Aracaju é um cipoal intransitável. Em 1963, o Prefeito Godofredo Diniz aprovou normas que vigoraram até o final do Século XX. Em 2000, foi aprovado o nosso primeiro plano diretor de desenvolvimento urbano (lei complementar 042) que, com emendas e retalhos, vale até hoje. Sinceramente, um Plano Diretor deplorável. Parte dos nossos problemas ambientais, de mobilidade, habitacionais, de exclusão social decorrem da nossa tradição de improvisos.


Ouvi dizer que agora Aracaju ficará inteligente. Não sei ainda do que se trata, mas o nome é bem botado. Enfim, uma proposta salvadora, boa para todos. Ninguém, em pleno juízo, pode ser contra que uma coisa fique inteligente. Uma cidade inteligente é a saída, dirão os mais afoitos. A inteligência é a verdadeira panaceia. Na gestão passada já tivemos os semáforos inteligentes, mas foi pouco. Agora, a proposta foi universalizada. Uma Aracaju inteligente, tem tudo para resolver os seus seculares problemas, que não são poucos.  Como não se pensou nisso antes? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário