Aracaju Inteligente.
A história do planejamento urbano
em Aracaju nasceu e morreu na prancheta de Sebastião José Basílio Pirro (1856).
A cidade cresceu aterrando os baixios e embelezando os aterros. A partir da
década de 1970, o capital (especulação imobiliária) assumiu o comando. Nem o
planejamento pautado no crescimento econômico foi possível. O poder público
limitou-se em urbanizar áreas ocupadas ilegalmente. As discussões sobre cidades
saudáveis, cidades sustentáveis, e outros modas, passaram distante de Aracaju.
A legislação sobre a ocupação
urbana em Aracaju é um cipoal intransitável. Em 1963, o Prefeito Godofredo
Diniz aprovou normas que vigoraram até o final do Século XX. Em 2000, foi
aprovado o nosso primeiro plano diretor de desenvolvimento urbano (lei
complementar 042) que, com emendas e retalhos, vale até hoje. Sinceramente, um
Plano Diretor deplorável. Parte dos nossos problemas ambientais, de mobilidade,
habitacionais, de exclusão social decorrem da nossa tradição de improvisos.
Ouvi dizer que agora Aracaju
ficará inteligente. Não sei ainda do que se trata, mas o nome é bem botado. Enfim,
uma proposta salvadora, boa para todos. Ninguém, em pleno juízo, pode ser
contra que uma coisa fique inteligente. Uma cidade inteligente é a saída, dirão
os mais afoitos. A inteligência é a verdadeira panaceia. Na gestão passada já tivemos
os semáforos inteligentes, mas foi pouco. Agora, a proposta foi universalizada.
Uma Aracaju inteligente, tem tudo para resolver os seus seculares problemas,
que não são poucos. Como não se pensou
nisso antes?
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